A experiencia de degustação de um Rembrandt foi avassaladora, acima de qualquer expectativa, só foi pena a dor de barriga causada pelos metais pesados e a noite na esquadra a ouvir o Sr. Policia a dizer:
- “Mas não sabe que a arte não mata a fome” - e eu encolhia os ombros e só pensava naquela pasta crocante e, cheguei à brilhante conclusão que a arte é como um biscoito, porque o biscoito também não mata a fome só a engana.
E o Sr. Policia continuava a dizer - “mas não sabe…” -
E eu pensava…entretêm-nos os dentes, as pupilas gustativas incham e segregam líquidos ácidos. Já agora, como descrever o sabor de um Rembrandt, primeiro o agradável estalar inicial, depois a boca enche-se de pequenos pedaços que se desfazem e transformam numa película gelatinosa que envolve a língua e se agarra ao céu-da-boca e que perdura misturando-se com a saliva como um pedaço de chocolate negro mas, fazendo aparecer tons a cravinho, mel e passas. Paladares que me excitam imenso.
Rua Francico Almeida Grandela
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