Os Super Gorrila uniram-se para extrapolar a ideia de arte institucionalizada criada por especialistas para uma fracção muito específica da sociedade.

Através de desvios à retórica quotidiana urbana e de incursões nos diversos mecanismos de representação, os Super Gorrila apropriaram-se do conceito de marketing viral, para estruturar as suas intervenções artísticas, apontando para um espaço social mais alargado e diverso, interrompendo percursos despreocupados com apontamentos cuidados e acutilantes criando o rumor de um novo produto ou serviço, neste caso especifico, Arte.

Uma Arte que procura o encontro, a comunicação e a partilha, que pesquisa variações formais do existente para reinventar, reintroduzir e re-apresentar o mundo ao mundo. Fazer igual mas de outra maneira.

SUPER GORRILA a obrar desde 2009.

supergorrilas@gmail.com

domingo, 28 de março de 2010

AA - Aura Arística IIIIIIIII


Transferência. Porque supõe um mecanismo genérico de redireccionamento ou substituição de actos que não está necessariamente implicado com a presença física do corpo. Uso. Porque admite que os instrumentos podem realizar acções para as quais não estavam destinados. Usar o pincel em vez do pente. Transferência do deslocamento. Falsa conexão de um para o outro. Uma nova edição de reviver o passado num estado actual. É má educação entregar dinheiro a outra pessoa sem o ter lavado e passado a ferro previamente. O desenho como comportamento restaurado. Tiras de comportamento para reciclagem. Beber o seu próprio auto-retrato. O performativo significa pela segunda vez até o “n” vezes. Acto fingido é crime. Quando alguém nos toca existe uma transmutação de ruína intelectual no contorno da relação com o suporte. Processo e contágio motor. Transferência de acção é um modelo de comportamento que sofre de preceder, imaginar e realizar a acção. Excitar programas cerebrais e periféricos motivados enquanto observamos o ciclóidal, da mesma forma que consideramos certas acções com gestos. Gesto transforma um acto numa acção de semiótica, de comunicação. O tempo do desenho acontece em isocronia entre gesto, representação, modelo e movimento. Quando desenhamos, calçamos os sapatos mentais daquilo que observamos. Neurónios espelho, vocacionados para a imitação, não diferenciam o que os outros fazem e aquilo que eu faço. Antecipar a queda de alguém com um trambolhão nosso. Ao contrário do que se diz, é fazer com a mão do outro aquilo que quero dizer. Estimo resposta. Resposta inata. Hipótese. Modelo de conduto. Fora do meu alcance, corri à volta da sala e em pleno voo, fazia marcas em forma de asa.

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