Os Super Gorrila uniram-se para extrapolar a ideia de arte institucionalizada criada por especialistas para uma fracção muito específica da sociedade.

Através de desvios à retórica quotidiana urbana e de incursões nos diversos mecanismos de representação, os Super Gorrila apropriaram-se do conceito de marketing viral, para estruturar as suas intervenções artísticas, apontando para um espaço social mais alargado e diverso, interrompendo percursos despreocupados com apontamentos cuidados e acutilantes criando o rumor de um novo produto ou serviço, neste caso especifico, Arte.

Uma Arte que procura o encontro, a comunicação e a partilha, que pesquisa variações formais do existente para reinventar, reintroduzir e re-apresentar o mundo ao mundo. Fazer igual mas de outra maneira.

SUPER GORRILA a obrar desde 2009.

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Mão do Gorrila (III) vs A Mão do Papel




Há muita coisa a ser tida em conta e neste caso uma mão não lava a outra.
A principal preocupação da mão do papel é oferecer um produto variado e de qualidade superior embora saiba e avalie a capacidade de investimento do espectador. A preocupação da mão do gorrila é encontrar o suporte indicado para a sua acção. A capacidade de absorção pode e deve ser analisada por ambas as mãos pois os resultados podem ser dramáticos se a escolha for feita de ânimo leve. A alvura do produto é analisada a preceito, entre o branco neve o pérola ou marfim ambas as mãos sabem que podem adequar estrategicamente a cor e a imagem a ser transmitida.
Quem conhece sabe, que, a dimensão e direcção da fibra implica directamente no corte, independentemente da técnica pretende-se um corte limpo e sem desaproveitamento. As mãos anteriormente referidas são ambidestras de personalidade mas, tendencialmente opostas no que se refere à textura do produto em circulação, sendo que, a mão do gorrila prefere sem dúvida algo de apresentação irregular em que a uniformidade não seja uma preocupação para a fluência do médium escolhido em determinada circunstância enquanto, a mão do papel numa perspectiva de alargamento económico, aposta num produto calandrado e de pouca fibra onde os aglutinantes são reis permitindo uma rápida satisfação dos adquirentes. Estas mãos que se cruzam muito alem do esporadicamente pois, reconhecem uma na outra características individuais a serem absorvidas e discutidas em prol de uma crescente aprendizagem de ambas, entendem que, embora todos os itens abordados sejam importantes, o focos está na gramatura, especialidade da mão do papel e paixão da mão do gorrila, a mesma gramagem nem sempre corresponde ao mesmo volume sendo que este pormenor se torna visível na espessura com que o produto se apresenta.
A mão do papel disserta e informa que não está em causa a resistência do mesmo às pressões externas ou mesmo internas e influências que o meio circundante possa ter na eficaz conservação do mesmo já que este é para consumo rápido e de efeito célere, a mão do gorrila discorda, pois tem consciência que o meio ambiente modela tudo segundo um conjunto de regras socialmente impostas por determinado grupo que ao valorizar mais ou menos determinada característica de um produto lhe vai conferir uma leitura que pode surpreender a mão do papel e impossibilitar a eficaz disseminação do seu projecto em conta peso e medida. A gramatura não é aqui partitura mas, é sem dúvida um argumento de peso já que, se, esta característica não for devidamente valorizada pelos absorventes todo o investimento pode se resumir a um cartão sem personalidade de faces acetinadas e cantos angulosos que apenas serve os gulosos mas, é incapaz de revelar a diferenciação pretendida ou defendida que resulta na valorização de uma ideia, conceito ou preceito e que por vezes só se obtem dizendo não ao estucado em ambas as faces.

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