“O sentido estético e de uso de uma obra de arte expandiu os seus limites no contemporâneo a níveis que não tem precedentes. Ao artista sempre foi permitido torcer a realidade, lavar o sentido das coisas e vestir a camiseta do avant-garde no campeonato mainstream social.
Na actualidade, o jogo é diferente. Existe realidade, existe sentido e sem dúvida estamos a viver numa excepcional e excitante época que prima pela inovação e pelos avanços tecnológicos. O tecido real está a sofrer alterações. Agora, mais que nunca, ele está a ser forçado a uma extensão e distensão constante, em todas as direcções, por via da necessidade social instalada de ter sempre a ultima versão de tudo.
A camada do real vê-se actualmente obrigada a um esforço extra e com isso, compelida a abrir os poros o que permite aos artistas penetrar mais profundamente no tecido social existente. Doravante, as relações, a comunicação, a partilha, não podem ser as mesmas.
Artistas superstar, grandes e pomposos museus, galeristas e curadores, são o representativo patético dessa realidade mais fechada e superficial.
Felizmente existem agentes que nos levam no caminho da evolução e falo particularmente de um fresco e inovador colectivo artístico que dá pelo nome de Super Gorrila. A sua arte desenvolvida em contextos locais específicos tem causado um frenesim estético-cultural que extravasa em larga medida os pontos onde este colectivo decide intervir. Bem-hajam. Bem-vindos.” – Jacques Fontaine Lobos in The Art Tomorow
Imagem da foto: fragmento desviante da Gorrila Box que foi confiscado pela polícia municipal portuense por este se encontrar com más companhias.
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